Oferta escassa e redução nos estoques norte-americanos influenciam cotações para cima.
O mercado futuro do algodão vive um momento de alta, o maior desde dezembro de 2010. Nas últimas três sessões na Bolsa de Nova York os contratos subiram 12%. A maior valorização foi registrada em maio deste ano, quando o preço chegou em 85,32 centavos de libra-peso, o maior dos últimos sete anos. O volume negociado também foi recorde: mais de 109 mil contratos.
A alta foi provocada pelas estimativas de baixa oferta de algodão e de redução de 2% nos estoques no mercado norte-americano, publicadas no relatório do departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na semana passada.
A valorização vem causando preocupação na indústria de produtos têxteis, especialmente porque muitos compradores fecharam contratos com preço a ser fixado em data posterior, apostando em uma desvalorização do produto. O que não aconteceu: os preços da pluma já valorizaram quase 30% desde setembro do ano passado.
Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (ABRAPA), este é um bom momento para os produtores brasileiros travarem os preços da safra 2017/2018, já que este mês, com a entrada da colheita, os preços devem ter uma queda por conta de uma maior disponibilidade do produto.